domingo, 27 de maio de 2012

A vida e o que vai dentro dela


Por vezes a vida apresenta-nos situações dificeis. Poderão derivar de problemas profissionais, familiares, de saude, passionais, etc. Todos passam por alguma destas situações ao longo da vida, quando não por todas mesmo e quantos por todas em simultâneo ou em catadupa. Há pessoas que enfrentam todos os problemas da vida sem uma queixa, sempre com um sorriso, sempre amáveis, como se alheados do mundo. Outros ficam quase como que paralisados, sem energia, psicologicamente desfeitos. Outros ainda refletem essa dor, esse mal estar na sua fisionomia, na sua conduta diária, sendo menos atentos, demonstrando menos paciencia, quase sempre exasperados com tudo e com todos.


Eu também não sou imune a estas situações e esses dias gostaria de poder rasgá-los do calendário para não precisar enfrentar o mundo. Perde-se a esperança e a motivação para continuar, temos que ir procurar energia nova, sem sabermos onde, Procuramos aqueles que amamos e pensamos nos amam também. Mas muitas vezes é nestas horas que encontramos novas deceções, aqueles a quem buscamos não estão lá. Sentimo-nos os únicos no mundo a sofrer. O nosso problema ganha imensidão. 


Procuramos o silencio, mas o silencio também magoa. Procuramos uma palavra amiga, mas por mais amiga que seja não é a palavra certa, não é aquela a palavra que nos acalma.


Nestes dias, gosto de me sentir aquecida pelo sol, gosto de ir sozinha para a beira do rio ou do mar, ouvir o barulho da água e olhar o horizonte sem o ver. 


Por vezes sonho que estou protegida por um olhar superior, mas quando olho em redor sinto a solidão do momento, quase sempre choro, muito mesmo, e o sal das lágrimas deixa-me as faces coradas e ardentes. Faz com que me sinta viva e esse efeito é surpreendente pois ajuda a carregar uma nova energia e a conseguir enfrentar os novos e difíceis amanhãs que chegam.


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