segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Passeio na mãe natureza

Por aqui onde os ramos do diospireiro se cruzam com o loureiro, escutando a água do rio, que cai de encontro às mós do moinho de água, e que mais abaixo regressa ao seu curso, percorrendo os labirintos deixados pelas raízes do amieiro, penso em ti.
Imagino o teu olhar termo pousado sobre mim enquanto apanho bolotas para dar aos animais da quinta. Deixo-me envolver por esta emoção e tal como nos dias de outono quando os cogumelos proliferam por entre a vegetação rasteira, aliando-os ao mundo encantado e mágico da nossa infância,  a nostalgia da ausência deixa que absorva os mistérios da natureza, sentindo o calor da tua mão segurando a minha, numa tentativa perdida de não me perderes nesta floresta de árvores e vegetação frondosa.
Se estivesses aqui falaríamos das espécies do carvalho e dos castanheiros, esperaríamos que o esquilo se afastasse para não serem os nossos passos a assustá-lo na recolha de sementes que anda a fazer, os sons únicos que aqui se escutam e os cheiros da terra e das aromáticas, mereceriam a nossa cumplicidade e seríamos apenas um coração a bater em uníssono, tal como a natureza envolvente que parece única e constitui as mais diversas formas de vida.
Por ti e pensando em ti, no meio desta reserva natural de fauna e flora, únicas, onde todas as espécies sentem e vivem a liberdade eu sinto-me viva.


Foto: Esquilo

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