quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Dá-me essa lágrima molhada

Dá-me essa lágrima molhada
Que chora no teu rosto
E engoles dentro do teu peito

Não sei se me sinto só
Neste silêncio estridente de dor
Que vivo em ti
Queria estar no aconchego dos teus braços
Para escrever um poema
ausente que seja eu dele, pois
Amar-te é tornar-te parte dos meus versos.

E oferecer-te violetas ao olhar-te
É a forma mais profunda de gostar de ti

Não sei se me sinto só
Num manto de medos onde congela a ternura
Desse coração doce.
E ignorada de mim
Seja eu de novo o teu desejo
Ocupação da tua ternura vadia
Numa tarde mais triste que ali termina

Na noite que aí vem
Pedi-me uma lágrima emprestada e choramos juntas


Foto:Mafaldinha

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