segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pela rua

Por estas ruas estreitas me abeiro de ti poesia 
Em cada esquina um sonho, em cada casa um lugar
De vida ou de sonho ou de fantasia.
Velhas vielas onde mil fadigas se escondem
E mil segredos são guardados
Com encontros bem marcados
E desgraçados os desencontros.
São ruas de histórias encantadas
E contadas aos serões nas outras ruas
onde do céu cinzento cai a chuva
Que escorre por entre as paredes
Despidas de cor, caiadas que foram de branco
Perdidas de revestimento numa triste melancolia
Que nem na morte nem na vida se alivia.
A mesma que num estranho entranhamento
de mim se possui deambulando sem rumo nem horizonte.



Foto:Mafaldinha


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