sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ao cair da noite

A noite cai sobre a minha rua
e esvai-se a última réstia de sol
tão ténue como a cambraia
tão simples como a sua vida
tão breve como um sopro

Nem as sombras choram
urdidas do negro da noite

nem as lágrimas serão pecado
para quem enterrou os pés no caminho
recolheste-te na sombra e ficou apenas
o teu perfume clandestino
no marulhar dessa praia de areia e sal

onde a ausência ensaia uma fuga
na casa quieta
Ao cair da noite

Foto:Mafaldinha





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