domingo, 27 de julho de 2014

Orfeu Rebelde


Queria fazer o desenho de um amigo beirão
De sorriso fácil, afável e intenso, mas duro no rigor
Como as rochas graníticas donde brotou um dia
Único e especial, simples no trato, grande de coração

Caloroso nos gestos é assim que se nasce beirão
De si deixa o legado sem limites, ora escrito ora amado
Tocando a lira com dedicação e encanto sonhado
No fascínio de orfeu as estrelas semeiam a ilusão.

O frio e o branco da paisagem dão-lhe a perenidade
Apenas os fios brancos do cabelo o vão cobrindo
E os anos darão ou não maior serenidade.

Sem colocar palavras fecunda o abraço
Em silêncio nem sempre escutado
Nas pedras do xisto onde deixou o regaço.

(Homenagem a um grande amigo)

@Maça de junho

Maça de junho em Lisboa

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