domingo, 31 de agosto de 2014

Ironias

Não sei ao que vim, o que faço por cá, nem sei se estar é não estar. O nome não me diz nada, não vale nada, ninguém se lembra dele. Não tenho riquezas, mas a riqueza maior é a coragem de sonhar. Sonho que mudarei o mundo e nada acontece. Sou uma espécie de vagabundo e sonhador que leu os clássicos e no romantismo vai perdendo a coragem. Sou um D. Sancho entre moinhos de vento e erros de inteligência emocional. A guerra nunca será ganha por tão fraco guerreiro. Não sei delinear estratégias, nem tecer malhas de interesse. Não me apetece lutar, nem mentir, para vencer. Resta deixar fenecer, cantando coisas de amor e perder. Viver é cair no chão e saber levantar a cabeça depois de pisada e amarfanhada. E os andrajos do corpo serem remendados. «As mulheres caladas são perigosas. Comem as palavras para as transformar em veneno». Ainda não aprendi, e agora já não haverá tempo, o corpo já envenenado, sentindo-se tão viva quanto morta.

@Maça de junho
Foto: Mulher - Internet



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