domingo, 22 de novembro de 2015

E se a amizade fosse táxi

A amizade é assim como algo que se semeia e se vai colhendo. E quanto mais colhemos, mais floresce. É tão bom sentir a amizade verdadeira. Aquela que nos diz exatamente o que somos, o que fazemos e continua a crescer. Hoje naqueles breves minutos foi assim. Bebi um cálice de amizade contigo. Sorrimos, sentimos a presença do outro. O resto da sala não teve importância.
Talvez não te tenha dito o elogio que precisavas, talvez não tenha dito as palavras certas que gostavas mais de ouvir. Mas tudo o que disse era verdadeiro, como verdadeiro o olhar cristalino que te guardou.
Tu também não me disseste coisas bonitas que eu gostaria de ouvir da tua boca. Não era preciso. Disseste o que sentias. Sim, eu sei que gostarias de me ver mais bonita. Mas podes ficar com a certeza de que fiquei mais bonita depois de te ver e de beber dos teus olhos a beleza que transportas contigo e de sorver a inteligência e sabedoria que colocas nas palavras. Saí mais bonita e mais rica. Como sempre, aliás. Porque a amizade cura a alma, ilumina quem a recebe e alimenta o coração. Saí saciada de ti.  Contigo não sei o que se passou. Vi o teu olhar iluminado, um certo enternecimento na voz, o teu ar trocista. Espero que tenhas regressado mais leve. O táxi espera...
 
@Maça de junho
 
 
 




 
 

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