segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Tempestade

 
O fim de semana foi todo de chuva. Chuva e vento. Gosto da chuva a cair lá fora. Gosto de ouvir o vento nas árvores. É como se dentro de mim também acontecesse tempestade. Sinto que se agitam as ideias, por vezes as memórias. Gosto de ficar no silêncio da casa a escutar o bulício da rua. O chapinhar dos carros na estrada, as pingas a estalar contra a janela. Por vezes fico assim longos minutos com a cara quase colada ao vidro, a sentir. Acho que me sinto menina, lá muito atrás, quando espreitava na janela o momento de poder voltar à rua. Gosto de sentir o cheiro da chuva.
 
Ah! E arrumei a árvore de natal. Sim estive a guardar as decorações de natal. As luzes que tanto brilho e luz emanam. As peças do presépio, que na realidade são dois presépios, mais umas quantas peças soltas, de ovelhas, pastores, casinhas, patos, o poço, as galinhas. Sim o nosso presépio além das figuras tradicionais, tem mais uma quantidade de vida e animação. E não falta o João Batista, desde que o Pdre Feliciano nos entusiasmou com a sua presença.
Apenas deixei os presépios da coleção, que fazem já parte dos biblots da sala. A sagrada família (grande). O calendário avança e nós agarrados às rotinas e exigências da semana, avançamos já sem Natal. Ficam ainda as coisas boas do inverno. O calor da casa, as mantinhas no sofá, o mimo do fim de tarde.
Gostava que estivesses aqui, para partilharmos tudo isto.
@maçadejunho

 
 
 
 
 
foto de Miguel Martins
Porto hoje - Foz do Douro

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