domingo, 17 de abril de 2016

Este silêncio que dói tanto
Tanto quanto a ferida aberta no teu corpo.
Dói-me esta ferida que teimosamente guardo
talvez para te fazer companhia, em silêncio;
Talvez para te sentir sempre perto.

Se tocasses esta dor neste meu corpo perdido
sentirias o meu desabrochar de primavera
e as tuas dores passariam além deste mistério.
Além de todas as primaveras em que o meu corpo
Não encontrou o teu nesse tempo;

Diz-me das tuas dores, das de hoje e de todas
as que guardas de mim; diz-me das dores do mundo
Diz-me o que sabes desta dor, do balsamo que procuro.
Por entre as sombras da noite, aparece a escuridão
e nada mais. Lá onde te dói eu continuo a sentir.

@maçadejunho
 
 



 

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